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Motivos para consumir no próprio bairro

  • Ked Maria
  • 17 de jul. de 2018
  • 4 min de leitura

Por: Cenourita

Fala meus compatriotas! Turubão? Durante a semana eu tive um monte de pepinos para descascar e que de alguma forma causou algumas reflexão sobre o senso de coletividade. Sabe aquela ideia de que “sozinho se vai rápido mas junto vamos mais longe”? Então, pode parecer frase de caminhão, porém é a mais pura verdade. E como a minha cabeça não pára um minuto, comecei analisar isso em contextos diferentes e o mais interessante irei compartilhar com vocês.

Já não é novidade que estamos na tão temida crise, e conversando com alguns comerciantes notei que geral tá fudido mesmo. As vendas andam poucas e as contas estão aí para serem quitadas. O que não fazia muito sentido era que o número de moradores do meu bairro é grande, e pela a lógica ( ou pelo menos sob a minha perspectiva) a galera do bairro deveria comprar no bairro. Porém eu estava redondamente enganada, foi só olhar para a forma que eu consumo as coisas que percebi como estava errada. Por exemplo, o meu dinheiro fica mais no centro ou perto do meu trabalho, afinal sou a louca das promoções e vivo dentro dos grandes supermercados.

Parei, analisei os fatos e acabei montando uma listinha com motivos para consumir no meu próprio bairro. Já que eu adoro esse espaço, vou mostrar para vocês.

Bora lá, então:

Distância

Só quem já carregou 5 kilos de arroz e mais 5 sacolas pesadas do centro até em casa, sabe do que eu tô falando! Peso e ônibus lotado são coisas que não combinam. Você acaba se atrapalhando, incomodando outros passageiros, as alças da sacola acaba com as mãos e você chega mais moído do que o normal. Ou seja, às vezes essas promoções malucas não compensam o desgaste físico e emocional.

Agora o Zé da Mercearia* fica na esquina, muito mais perto de casa. Sempre tem algum vizinho voltando e te ajuda a carregar as sacolas. Se você for aquela pessoa que só saí de carro, pode levar em consideração a economia da gasolina e a redução da poluição.

Promoção

Como eu falei no começo, geral tá mal das pernas. Esse é o momento que as lojinhas começam a colocar as coisas em promoção, para tentar fazer o dinheiro girar. Lógico que não é a loja toda, né? Geralmente são produtos que não tiveram boa saída.

Vai que aquele sapato que você namorou mês passado está em conta agora, (piscadinha), pense nisso!

Comodidade

Acho que essa parte foi a que mais me agradou. Comprar no bairro você tem muuuuuita comodidade, como:

  • Entrega em casa - Existem bairros que as lojas do centro não entregam, ou a entrega é super cara. Já no Sacolão do João*, a entrega é baratinha ou às vezes nem tem taxa de entrega.

  • Despreocupação - Você pode realizar a compra tranquilamente, sem ter que ficar calculando se o ônibus já passou, ou se o próximo estará lotado. Para a galera que usa o carro, sem estresse com estacionamentos ;)

  • Troca - Se por um acaso do destino vier algo errado no meio, não precisa enfrentar o caos para trocar. As lojas estarão perto e na maioria das vezes não estará lotada, com as pessoas se odiando e brigando por espaço.

Gasto

Uma das coisas que fazia eu preferir a região central ou as grandes lojas eram as promoções. Porém esses dias eu me senti super tapeada, vou contar o caso:

A batata inglesa, (que eu amo), estava R$1,98 o kilo no supermercado perto do meu trampo. Quando eu vi já pensei “DEUS DA CAPIVARA, MUITO BARATO, VOU LEVAR!”. És que, no final de semana fui ao sacolão perto da minha casa e o kilo da batata estava R$1,99. Ou seja, fui tapeada.

Moral da história: Nem sempre as coisas da vendinha são caras. OBS: Pesquisem sempre, meus novos adultos!

Senso de comunidade

Por fim, e não menos importante, a união!

Acho que o melhor para exemplificar isso e lembrar de quando íamos para a escolhinha e passava no Tio para comprar besteira. O Tio fazia parte da nossa rotina! Nós crescemos e já não compramos tanta bala e chiclete, mas o Tio ainda precisa disso para sobreviver.

Eu termino por aqui. Espero ter conseguido te convencer a consumir mais no seu bairro e se tornar um bom freguês do mercadinho, do sacolão, do buteco, da lojinha de roupa, da lanchonete, de qualquer loja perto da sua casa. Sei que não tá fácil para ninguém, mas se nós não nos ajudarmos, quem vai?

AAAAAAAAAAH Última coisa, prometo! Fiquei pensando também, “se geral começar a comprar só no próprio bairro, o que será das lojas do centro? Principalmente das pequenas lojas?”.

Sei lá, né gente? O pessoal do centrão também tem contas à pagar!

Foi aí que eu me dei conta de que sempre vai ter uma coisinha que não vende no bairro, só no centro. Além do mais existem emergências em que acabamos consumindo na região central, como: um lanche quando a fome aperta muito, ou quando o sapato estraga (leia chinelo arrebenta), ou quando começa a chover e você está sem guarda-chuva… enfim, muitas situações.

Aqui acaba (real oficial) a lista de hoje.

Gostou? Deixa um recadinho pra gente ;)

Beijoquinhas e até semana que vem!

*Nomes fíctícios

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