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O brilho de se estar na sombra

  • Caio Freitas
  • 18 de abr. de 2018
  • 1 min de leitura

Por: @caiohenrique_af

É estranho olhar para a rotina e ver que um dos melhores momentos é quando se está na rua, no ônibus, no metrô. Ainda que as ruas muitas vezes não sejam tão convidativas. Ainda que o caminho de volta pra casa seja traçado de pé, lidando com o cansaço do trabalho e o cansaço que o transporte coletivo proporciona.

Estar em meio a uma multidão de desconhecidos talvez seja o momento em que melhor percebemos o quão ínfimos somos em relação ao mundo. Isso é libertador, pois percebemos que não somos tão importantes, estamos na sombra. Pouca gente espera algo de nós e também não devemos nada a ninguém. Estamos em tão pouca evidência que nos sentimos mais livres.

Também é o momento em que podemos praticar o silêncio e ouvir apenas o som de nós mesmos, às vezes acompanhado por uma música que serve como trilha sonora. Damos mais ouvidos aos nossos sonhos e também aos nossos problemas.

Eis o momento em que enfim se aceita a solidão. Passa-se a entendê-la e valoriza-la cada vez mais. Nem sempre precisamos ser importantes, bem-sucedidos e felizes. O brilho é um dos piores vícios que se pode ter.

E então podemos voltar pra casa. Vazios de muita coisa, podemos encarar os problemas que nos aguardam; receber e dar a dose de amor que é possível. E aí sim valorizar o que não é solidão.

Gostou do texto do Caio? Corre lá no perfil dele no Medium, tomar um cafézinho. Link: https://medium.com/@caiohenrique_af


 
 
 

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